Como é difícil não ver, não ouvir, não tocar, não cheirar. A porta que não abre. A risada que não ecoa. Meus olhos percorrem cada canto, e tudo que chegam são apenas lembranças. Do vivido e do que não se viveu. Uma breve ligação, um breve contato alivia, mas não acalma.
O retorno tão aguardado chega, e com ele todas as amarras. Será que um dia poderei abraçar pelo tempo que a vontade deseja que dure o abraço? Será que um dia poderei beijar onde a vontade anseia que beije? Será que um dia poderei cuidar do jeito que a vontade pede que cuide? E fazer carinho, como a vontade tanto suplica que faça?
O tempo escorre pelas mãos e a vontade grita cada vez mais e mais alto pela liberdade. Será que um dia...?
Mas hoje não. Essa noite não.
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